Santos com uma mão na taça e cenário definido na lanterna
Parece que nada vai tirar o Santos da festa do título da Série B de 2024. As projeções dão 97,63% de chance de o Peixe levantar a taça e coroar uma temporada marcada por altos e baixos após o rebaixamento inesperado em 2023. O clima na Vila Belmiro é de tranquilidade e alívio, já que o fantasma da queda foi rapidamente deixado para trás com uma campanha consistente desde as rodadas iniciais.
Enquanto Santos comemora, os números selam o destino de Guarani e Brusque. Não tem reza forte ou matemática que ajude — os dois clubes já estão confirmados na Série C em 2025. Guarani amarga a pior campanha das últimas décadas, terminando como lanterna e sem reação desde o início do campeonato. Foram só lampejos positivos aqui e ali, mas nada que fizesse o torcedor acreditar numa salvação.
Brusque também não escapa do buraco: vice-lanterna, garante mais um rebaixamento em um curto intervalo, já que tinha caído para a Série C em 2022 e agora repete o pesadelo. Trata-se de um roteiro cruel para clubes que não conseguiram encontrar equilíbrio, cometendo muitos erros defensivos e sofrendo com um ataque pouco produtivo.
Drama na parte de baixo: quem escapa, quem não escapa?
Se o topo parece resolvido, o drama na parte de baixo segue intenso. Quem torce por Ituano e Ponte Preta anda com o coração na mão. Ituano tem impressionantes 98,3% de risco de cair — ou seja, está praticamente entregue, dependendo quase de milagre para escapar. Já a Ponte Preta ainda sonha, mas a situação é delicada: 65,7% de chance de rebaixamento deixa qualquer torcedor apreensivo, principalmente lembrando que o clube já esteve perto do Z4 em temporadas anteriores.
Entre os que tentam espantar a crise estão CRB (28,6% de risco), Chapecoense (6%) e Botafogo-SP (1,3%), todos oscilando rodada após rodada. CRB, em especial, sentiu o peso dos resultados ruins em confrontos diretos, o que explica o risco ainda razoável de queda. Chapecoense e Botafogo-SP estão mais tranquilos, mas ninguém quer dar sopa para o azar na reta final.
Voltemos ao Guarani: o time vive uma temporada que vai entrar para o lado negativo da história do clube. Com uma defesa fácil de ser vazada e um ataque engasgado, o Bugre ficou preso no Z4 desde a oitava rodada e nunca conseguiu dar uma resposta — nem com troca de técnico, mudança de esquema, nem com reforços pontuais. Para a torcida, resta esperar dias melhores na Série C, enquanto vê a concorrência celebrar e lamenta o caos administrativo e esportivo do último ano.
A Série B de 2024 mostra, como poucas vezes, como cada escolha e cada rodada podem mudar todo o roteiro de um campeonato — para o bem ou para o mal.