Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo em 2024, enfrenta um revés significativo em sua carreira política. O Tribunal Eleitoral de São Paulo o considerou inelegível por oito anos devido a alegações de abuso de poder político e econômico, utilização indevida de meios de comunicação e captação ilícita de recursos durante sua campanha eleitoral. A decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, coloca Marçal em uma posição delicada, pois não poderá concorrer a cargos públicos até 2032.
A investigação revelou que Marçal, que obteve 28,14% dos votos na eleição para prefeito de São Paulo, ofereceu apoio político a candidatos a vereadores de direita em troca de doações de R$5,000 para sua campanha, um fato comprovado por vídeos que ele mesmo publicou nas redes sociais. Esta prática, segundo o tribunal, constitui um exemplo claro de abuso do poder político e econômico, afetando a igualdade de condições nas disputas eleitorais.
Além disso, o tribunal destacou a conduta de Marçal em relação à divulgação de informações enganosas sobre o sistema eleitoral e sua campanha negativa, que se tornaram pontos principais do julgamento. Embora essa decisão seja um golpe, Marçal se pronunciou publicamente, defendendo sua inocência e anunciando sua intenção de recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Sua equipe jurídica argumenta que as provas apresentadas pelos partidos PSB e PSOL não são suficientes para sustentar a condenação.
Mesmo diante deste cenário, Marçal não parece disposto a recuar de sua vida política. Ele já expressou interesse em lançar uma candidatura à presidência na eleição de 2026. Curiosamente, pesquisas recentes registram um apoio de 11% a Marçal para a presidência, demonstrando que, apesar do revés jurídico, ele ainda mantém um apelo entre o eleitorado.
